O termo apometria é composto das palavras gregas “apo”, que significa “além de” e metron, “medida”. Designa o desdobramento espiritual ou bilocação, bastante estudado por diversos autores clássicos, dentre eles BOZZANO. O desdobramento se resume em essência na separação do corpo astral (ou mental) do corpo físico.
O desdobramento é relativamente fácil, sendo normal que ocorra uma ou outra vez, e de modo espontâneo (sem volição consciente), no decurso de uma existência. De hábito, acontece durante o sono, ou no sono hipnótico (induzido por passes magnéticos ou por sugestão) ou no êxtase místico: também pode ocorrer nos grandes choques emocionais, choques circulatórios, desmaios, coma, convalescenças de enfermidades graves, traumas físicos; pode ser conseqüência do uso de narcóticos e aparece também no transe mediúnico; mais raramente, acontece no estado de vigília, de modo espontâneo, em sensitivos muito vibráteis. (Para ilustração, vide “Casos Clássicos de Desdobramento”, a seguir, transcritos do livro “Desdobramento, Fenômenos de Bilocação”, de Ernesto Bozzano.)
Origens da Apometria
A apometria é processo de desdobramento do corpo astral ou mental, desconhecido, ao que parece, dos autores clássicos. Tampouco há notícia dele em publicações de cientistas ou estudiosos do psiquismo. Trata-se de técnica anímica, sem relação com o mediunismo.
No Hospital Espírita de Porto Alegre apareceu, em 1965, um cidadão que dizia possuir uma técnica de tratamento médico completamente diferente da medicina oficial: utilizava os serviços de médicos desencarnados, que indicavam a terapêutica para os males dos enfermos. O cidadão se chamava LUIZ RODRIGUES, era natural de Porto Rico mas escava radicado, há muitos anos, no Rio de Janeiro. A uma primeira vista, sua técnica em nada parecia diferir dos processos mediúnicos do Espiritismo kardequiano, não obstante insistisse em afirmar que não professava a Doutrina. Mas diferia, sim. E muito: ao invés de médicos desencarnados virem até o paciente, era o paciente que, desdobrado, ia até os médicos do astral, para o diagnóstico e terapêutica.
O Sr. RODRIGUES chamava sua técnica de hipnometria, nome que nos pareceu impróprio; ele não se valia de qualquer espécie de sono, nem buscava induzi-lo. Fazia, simplesmente, uma contagem pausada, regressiva, que começava pelo número correspondente à idade do paciente.
Finda a contagem, este se encontrava fora do corpo.
Constatamos: a técnica funcionava. Mas a causa do êxito nem o Sr. RODRIGUES sabia. Assistimos a duas sessões hipnométricas e suspeitamos, já na primeira, de que a técnica deveria consistir no emprego de campos-de-força magnéticos, já que, para haver desdobramento, é necessária alguma forma de energia. Na realidade, a contagem deveria projetar uma sucessão de pulsos energéticos sobre o corpo astral ou mental do paciente, desdobrando-o.
Foi o que pudemos comprovar, logo de imediato, em uma série de experimentos. Isso nos levou a abandonar a designação’ ‘hipnometria” , substituindo-a por apometria – que nos pareceu mais exata, por não ter conotações com o conceito de sono.
A técnica de desdobramento apométrico se revelou aplicável em qualquer criatura, não importando idade, saúde, estado mental nem resistência que puder oferecer, uma vez que a energia atuante vem de fora, não dependendo da vontade da pessoa. Fácil de aplicar, a apometria tem inquestionável eficiência e não é mediunismo.
Técnicas hipnóticas de desdobramento (ou as que utilizam passes magnéticos) são sempre limitadas, pois só se aplicam em determinados tipos de pacientes. Já a apometria apresenta resultados sempre positivos em todos, mesmo em oligofrênicos com racionalidade quase nula, inatingível pelo hipnotismo.
Utilidade da Apometria
O maior êxito da apometria está na sua aplicação em médiuns, para contato fácil e objetivo com o mundo espiritual.
Em nossos trabalhos usamos médiuns videntes, que podem enxergar no plano astral, quando desdobrados. (Pessoas comuns, sem vidência, nem acreditam que estão desdobradas.) Já os médiuns experimentados podem ver e ouvir espíritos durante o transe de desdobramento, e se deslocar no espaço; visitam, então, colônias do astral; realizam eficiente trabalho de resgate de espíritos sofredores, participando de caravanas de socorro organizadas naquela dimensão; comparecem, também, em domicílios de enfermos encarnados, integrando equipes espirituais de limpeza de lares.
No atendimento do enfermo, colocamos médiuns desdobrados em contato com médicos do astral. Em seguida, desdobramos também o doente que, em corpo astral, é atendido pelos médicos desencarnados na presença dos médiuns desdobrados. Estes nos vão relatando tudo que ocorre durante o atendimento, diagnósticos, cirurgias astrais, detalhes da problemática do paciente – com esclarecimentos sobre a origem da enfermidade e orientações práticas para a consolidação da cura.
Assim desdobrados, os pacientes são atendidos com mais eficiência, profundidade e rapidez pelos médicos desencarnados. Os diagnósticos costumam ser muito minuciosos, precisos; nas operações astrais é comum empregar-se alta técnica e sofisticada aparelhagem, em hospitais do astral superior.
Descrição como esta que acabamos de fazer, de médicos mortos tratando de doentes em corpo astral, de visitas de médiuns e pacientes a hospitais invisíveis, com salas de cirurgia e aparelhagem avançadíssima (e, é claro, com edifícios, jardins, veículos etc.), tudo isso parece fruto de imaginação fantasiosa, cheirando a ficção científica. Mas não é.
Por mais de 20 anos dezenas de nossos médiuns, desdobrados, estiveram no Hospital Amor e Caridade, instituição do astral que dá cobertura aos nossos trabalhos espirituais. Em todo esse tempo, médiuns diferentes (separadamente, primeiro; em grupos, depois) e em dias diversos, ofereceram à nossa cuidadosa investigação descrições idênticas dos jardins onde descansaram, do prédio, das salas, dos centros cirúrgicos, permitindo-nos, sobretudo, acurado exame das técnicas cirúrgicas. As viagens astrais de nossos sensitivos sempre foram objeto de observação muito atenta. Interessam-nos, além da detalhada descrição dos ambientes visitados, os diagnósticos e prognósticos nos atendimentos de pacientes à distância, praticados pelas equipes do astral e
acompanhados pelos nossos médiuns.
Por tudo que vivenciamos, não há como escapar à evidência de que, com a apometria, o processo terapêutico se amplia e diversifica. Ela possibilita uma medicina para o Espírito, realizada por médicos desencarnados, junto à medicina humana, dos encarnados. Além disso, operacionaliza a regressão de encarnados e desencarnados a vidas anteriores; ao mostrar o remoto passado dos enfermos – desvelando suas vinculações kármicas com outros espíritos – enseja não só a investigação dos efeitos da Lei do Karma como também o tratamento das doenças em profundidade, com efeitos naturalmente duradouros.
Trecho do livro: José Lacerda de Azevedo – Espírito / Matéria – Novos Horizontes Para A Medicina – 7ª Edição 2002
Resumo:
O Dr. José Lacerda de Azevedo, carinhosamente qualificado por seus pares de Preceptor de Medicina Espiritual, é médico da turma de 1950. Desde
cedo na lida com a Doutrina Espírita.
Durante o ano de 1965, esteve em Porto Alegre, um psiquista porto-riquenho chamado Luiz Rodrigues. Realizou palestra no Hospital Espírita de Porto Alegre, demonstrando uma técnica que vinha empregando nos enfermos em geral, obtendo resultados satisfatórios. Denominada Hipnometria, essa técnica foi defendida no VI Congresso Espírita Pan-americano, em 1963, na cidade de Buenos Aires. Essa técnica consistia na aplicação de pulsos magnéticos concentrados e progressivos no corpo astral do paciente, ao mesmo tempo que, por sugestão, comandava o seu afastamento.
O Sr. Luiz Rodrigues era um investigador, não era espírita e tampouco médico mas trouxe possibilidades novas e um imenso campo para experimentação se conduzidas com métodos objetivos e sistemáticos.
Imediatamente, o Dr. José Lacerda testou a metodologia com Dona Yolanda, sua esposa e médium de grande sensibilidade. Utilizando a sua criteriosa metodologia, a sua sólida formação doutrinária, a observação constante dos fenômenos, aprimorou solidamente a técnica inicial.
Identificou-se na época, um grande complexo hospitalar na dimensão espiritual, denominado Hospital Amor e Caridade, de onde partiam o auxílio e a cobertura aos trabalhos assistenciais, dirigidos por ele.
Atendimento
No atendimento aos enfermos, é utilizada a seguinte prática: Coloca-se inicialmente, por desdobramento, os médiuns em contato com as entidades médicas do astral. Uma vez firmado o contato, faz-se o mesmo com o doente, possibilitando dessa forma o atendimento do corpo espiritual do enfermo pelos médicos desencarnados, assistidos pelos espíritos dos médiuns que então relatam todos os fatos que ocorrem durante o atendimento, tais como: os diagnósticos, as cirurgias astrais, as orientações práticas para a vida, assim como a descrição da problemática espiritual que o paciente apresenta e suas origens.
Torna-se necessário ainda, que se faça proteção vibratória, através de preces e formação de campos de força e barreiras magnéticas ao redor dos médiuns.
O tratamento dos obsessores constitui um capítulo à parte, tal é a facilidade e eficiência com que os espíritos sofredores são atendidos. Em virtude de se encontrarem no mesmo universo dimensional, os espíritos protetores agem com muito mais profundidade e rapidez. Os diagnósticos são muito mais precisos e detalhados; as operações astrais são executadas com alta técnica e com o emprego de aparelhagem sofisticada em hospitais muito bem montados em regiões elevadas do astral superior.
Esse é um dos grandes segredos do tratamento espiritual e será provavelmente um marco fundamental para a futura Medicina do Espírito.
Texto resumo: http://www.reocities.com/vienna/strasse/5774/frame2.htm – Roberto Hoshino