Baralho Cigano

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A origem do Baralho Cigano Lenormand tem duas versões.
Na primeira delas, o jogo de cartas estaria relacionado ao Petit Lenormand. Baralho composto de 36 cartas foi adaptado por Anne Marie Adelaide Lenormand, uma francesa nascida na cidade de Alençon, em 1772 que não era cigana de um jogo  de lazer “Das Spiel der Hoffnung” (Jogo da Esperança) editado na Alemanha por Johann Kaspar Hechtel (1771-1799), onde correspondia a figuras e objetivos para cada carta, Mademoiselle Lenormand ficou famosa pela precisão de suas previsões, atendendo a figuras ilustres da realeza da França. Numa casa de altos e baixos em Paris, esta mulher jovem, acompanhada de seu gato preto, espalhava sobre a mesa as cartas do seu Baralho e previa o futuro de seus nobres consulentes. Ela atendia figuras da alta sociedade da época e grandes líderes, como o Imperador Napoleão Bonaparte.
Além de cartomante, Mademoiselle Lenormand era astróloga, quiromante, numeróloga e tinha muitos outros conhecimentos como geomancia, dominomancia, cafeomancia. Ela revolucionou o conhecimento da Cartomancia, na época, utilizando flores, ervas e talismãs junto com seu jogo de cartas. Com seu desencarne, em 25 de junho de 1843, muita desta sabedoria desapareceu com ela. Somente cinqüenta anos depois, alguns manuscritos de Lenormand foram recuperados e mais tarde divulgados.
A Cartomancia, é um dos costumes ciganos mais conhecidos, e como povos nômades devem ter utilizado o baralho comum para a leitura com base dos jogos de cartas utilizados na frança. Esse jogo, na verdade, consiste de uma utilização parcial de 9 cartas de cada um dos quatro naipes do baralho comum, num total de 36 cartas. Ela utiliza apenas o Ás e as cartas numeradas de 6 a 10 (retirando as cartas de 2 a 5), no caso das figuras da corte, deixa o Cavaleiro de lado, como acontece, em alguns casos, com as cartas de jogar utilizadas na França nos últimos três séculos.
A explicação para isso é a existência de jogos populares como o “Piquet” que utilizava apenas 32 cartas do baralho comum, excluindo as cartas do 2 ao 6 de cada naipe.
Muitas pessoas recorrem a este povo para saber o o desenrolar das situações de suas vidas pelas cartas. sorte Em nome da Mademoiselle Lenormand foi impresso um outro jogo com 36 cartas, por volta de 1840, à cargo da casa impressora Grimaud. Ficou conhecido como o Pequeno Lenormand (Petit Lenormand) e somente décadas depois passou a ser reproduzido com a designação de “Baralho Cigano”.
De acordo com a tradição, o Baralho Cigano só poderá ser lido por mulheres, pois trazem em seu interior a energia da lua (o oculto, e a intuição por natureza), tendo a luz da divinação , o dom do sentir, pressentir e interpretar.


Santa Sarah Kalli
A Cigana Escrava que Venceu os Mares com sua Fé e Virou Santa Conta a lenda que Maria Madalena, Maria Jacobé, Maria Salomé, José de Arimatéia e Trofino, junto com Sara, uma cigana escrava, foram atirados ao mar, numa barca sem remos e sem provisões.
Desesperadas, as três Marias puseram-se a orar e a chorar, então Sara retira o diklô (lenço) da cabeça, chama por Kristesko (Jesus Cristo) e promete que se todos se salvassem ela seria escrava de Jesus, e jamais andaria com a cabeça descoberta em sinal de respeito.
Milagrosamente, a barca sem rumo e à mercê de todas as intempéries, atravessou o oceano e aportou com todos salvos em Petit-Rhône, hoje a tão querida Saintes-Maries-de-La-Mer.
Sara cumpriu a promessa até o final dos seus dias.
Sua história e milagres a fez Padroeira Universal do Povo Cigano, sendo festejada todos os anos nos dias 24 e 25 de maio.
Além de trazer saúde e prosperidade, Sara Kali é cultuada também pelas ciganas por ajudá-las diante da dificuldade de engravidar. Muitas que não conseguiam ter filhos faziam promessas a ela, no sentido de que, se concebessem, iriam à cripta da Santa, em Saintes-Maries-de-La-Mer no Sul da França, fariam uma noite de vigília e depositariam em seus pés como oferenda um Diklô, o mais bonito que encontrassem. E lá existem muitos como prova de agradecimento pela graça alcançada.

Outra estória conta que.
Maria Madalena era o cálice sagrado (Santo Graal), porque trazia em seu ventre o sangue real, a semente de Jesus. Ela teria passado alguns anos em Alexandria, no Egito e Sara seria sua filha e de Jesus (portanto, Sara não era serva das Marias), constituindo-se na linhagem sagrada. Maria Madalena, por motivo desconhecido (perseguição talvez) fugiu para a Gália com Sara e José de Arimatéia.
Lá foram acolhidos pelos ciganos. Sara é venerada pelos ciganos, até porque Madalena, sua mãe, também é conhecida por Madalena Egipcíaca. Isto faz sentido; os ciganos seriam os verdadeiros guardiões da linhagem sagrada através de veneração à santa Sara: a santa das santas.
Sempre adotavam santos nos pais onde se instalam no Brasil – Nossa Senhora Aparecida.
12 DE OUTUBRO – foi instituído o dia dos ciganos, simbolizando um resgate a cultura além de ser dia de Nossa Senhora Aparecida padroeira dos ciganos no Brasil e dia das crianças, pela ternura e carinho que os ciganos tem por elas.
Muitos hoje são católicos, evangélicos, umbandistas.

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